No silêncio profundo de meu ser,
Apenas sombras dançam ao redor,
O tempo vagueia, sem querer,
Em um etéreo e misterioso torpor.

Meus olhos se perdem no brilho incerto,
Minha alma busca respostas no ar,
Entre o véu que esconde o deserto,
E a luz que me guia a navegar.

Será que meu coração se aquietou afinal?
Ou se perdeu em um sonho fugaz,
Na penumbra brilhante e celestial,
Que me enreda em seu doce e terno faz.

Num mar de dúvidas e ilusões imprecisas,
Navego em busca de uma realidade brilhante,
Onde o amor e a plenitude se entrelaçam com as brisas,
E a alma se liberta, radiante.